4 de dezembro de 2004

Lembro-me perfeitamente desse futuro.
Julgo que ele ainda lá está. Como tu. No avesso da vida.
E lembro-me perfeitamente de existir. Como se fosse hoje.
Nunca percebi por que te abandonaste. Por que te negaste tantas vezes.
Julguei que era eu o teu sangue. O teu nome.

Nunca te perdoarei por me teres deixado morrer.
Ou por me obrigares a viver.
Diariamente.
Continuamente exposta à tua claridade.

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