16 de janeiro de 2007


Carlos Pellicer(1899-1977)

HOY QUE HAS VUELTO

Hoy que has vuelto, los dos hemos callado,
y sólo nuestros viejos pensamientos
alumbraron la dulce oscuridad
de estar juntos y no decirse nada.

Sólo las manos se estrecharon tanto
como rompiendo el hierro de la ausencia.
¡Si una nube eclipsara nuestras vidas!

Deja en mi corazón las voces nuevas,
el asalto clarísimo, presente,
de tu persona sobre los paisajes
que hay en mí para el aire de tu vida.

Carlos Pellicer

HOJE, QUE REGRESSASTE

Hoje, que regressaste, calámo-nos os dois,
e só os nossos velhos pensamentos
iluminaram a doce obscuridade
de estar juntos e não se dizer nada

Só as mãos se estreitaram tanto
como rasgando o ferro da ausência.
Se uma nuvem eclipsasse as nossas vidas!

Deixa em meu coração as vozes novas,
o assalto claríssimo, presente,
da tua pessoa sobre as paisagens
que há em mim para o ar da tua vida.

Carlos Pellicer (tradução de Mito )

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2 comentários:

marta (doavesso) disse...

Graça, é lindíssimo o poema deste senhor que eu não conheço. Os regressos... este é transparente. Gostei muito.

Graça disse...

Obrigada pelo comentário, Marta. Há outros poemas aqui http://amediavoz.com/pellicer.htm

"A minha vontade de ser não tem céu" (se bem traduzi), também é interessante.