Às vezes, encontro-me nas palavras dos outros. Mais raramente, nas minhas. Por pura coincidência. Em pura coincidência.
4 de novembro de 2007
Sonnet XIV
If thou must love me, let it be for nought
Except for love's sake only. Do not say
'I love her for her smile-her look-her way
Of speaking gently,-for a trick of thought
That falls in well with mine, and certes brought
A sense of pleasant ease on such a day'-
For these things in themselves, Beloved, may
Be changed, or change for thee,-and love, so wrought,
May be unwrought so. Neither love me for
Thine own dear pity's wiping my cheeks dry,-
A creature might forget to weep, who bore
Thy comfort long, and lose thy love thereby!
But love me for love's sake, that evermore
Thou mayst love on, through love's eternity.
Elizabeth Barret Browning, Sonnets from the Portuguese
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SONETO XIV
Tradução: Manuel Bandeira
Ama-me por amor do amor somente
Não digas: «Amo-a pelo seu olhar,
O seu sorriso, o modo de falar
Honesto e brando. Amo-a porque se sente
Minh'alma em comunhão constantemente
Com a sua.» Porque pode mudar
Isso tudo, em si mesmo, ao perpassar
Do tempo, ou para ti unicamente.
Nem me ames pelo pranto que a bondade
De tuas mãos enxuga, pois se em mim
Secar, por teu conforto, esta vontade
De chorar, teu amor pode ter fim!
Ama-me por amor do amor, e assim
Me hás de querer por toda a eternidade
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