26 de novembro de 2008



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Homenagem a Ricardo Reis


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Não creias, Lídia, que nenhum estio
Por nós perdido possa regressar
Oferecendo a flor
Que adiámos colher.


Cada dia te é dado uma só vez
E no redondo círculo da noite
Não existe piedade
Para aquele que hesita.


Mais tarde será tarde e já é tarde.
O tempo apaga tudo menos esse
Longo indelével rasto
Que o não-vivido deixa.


Não creias na demora em que te medes.
Jamais se detém Kronos cujo passo
Vai sempre mais à frente
Do que o teu próprio passo


Sophia de Mello Breyner Andresen, Dual


4 comentários:

Mateus Pacheco disse...

Boa noite!

Tomei a liberdade de add seu blog como link da palavra COINCIDÊNCIA no meu blog!

Espero que não se importe!

PS.: ainda não tive tempo de ler o seu blog, mas assim que o fizer, vou comentar sobre seus textos.

Abraços.

Graça disse...

Claro que não me importo, e agradeço o link e a gentileza.


Abraço.

rff disse...

Simples e belo como a vida...

O'Sanji disse...

Votos de boas festas!
Feliz 2009!