Pedro Tamen (1934)
Escrito de memória
Formado em direito e solidão,
às escuras te busco enquanto a chuva brilha.
É verdade que olhas, é verdade que dizes.
Que todos temos medo e água pura.
A que deuses te devo, se te devo,
que espanto é este, se há razão pra ele?
Como te busco, então, se estás aqui,
ou, se não estás, porque te quero tida?
Quais olhos e qual noite?
Aquela
em que estiveste por me dizeres o nome.
Pedro Tamen
2 comentários:
'que todos temos medo e água pura'
que todos aqui estamos, não é, por entre esse medo e qualquer coisa pura...
Sim,Nuno, todos aqui estamos, ou tentamos estar,todos em busca de um nome (talvez o nosso) na mesma noite.
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