17 de junho de 2008




Já lentamente sofro a tua água, o sopro
da memória nas colinas.
deste-me um corpo, a casa
onde acordar o vento, e a terra, e a paz
desconhecida.
nesta cave de pele te implorei os dias
o óleo da manhã nas mãos desertas.
a cada instante me devora o gume
embotado da tua
luz sonora.

afasta do meu rosto a tua vã promessa. deixa
que seja brando o sono sem lembrança,
um chão de terra nua.
do teu jardim de chamas me despeço.

António Franco Alexandre, Visitação




2 comentários:

QC disse...

Uhmmm O AFA faz hoje anos ... uhmmm n sabias? Uhmmm vale!

Graça disse...

Sim, sabia, simplesmente alterei o formato do blogue, de modo que não há mais "nascidos a...". Obrigada pela visita e pelo comentário.