29 de dezembro de 2011






Encontrei-o no bolso do primeiro
casaco deste verão. Frio. Toquei-lhe
o corpo das letras devagar como se
fosse mão que me aguardasse. Frio.

Trouxe-o aos olhos com desejos de
lembrar-me que tarde e de que verão;
li com os lábios esse nome que talvez

me livrasse da doença, tentei escutá-lo
numa voz que me estendesse os dedos.
Frio,frio.




Maria do Rosário Pedreira,Nenhum Nome Depois
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3 comentários:

ana disse...

lindo, lindo!

Graça disse...

Obrigada pelo comentário, Paula. Gosto muito de Maria do Rosário Pedreira. Um excelente 2012 - com toda a poesia possível!

Anónimo disse...

Isso mesmo, Graça. Vamos ser mais felizes e poéticos em 2012!