Saúl Dias(1902-1983)
- Deixem-me ser eu
um instante, ao menos...!
Ainda vale a pena!
Deixem-me vir à cena
em primeiro lugar,
a rir ou a chorar
(a mesma coisa afinal...)!
Deixem-me, antes que morra,
demolir a masmorra
que eu mesmo construí
com lágrimas e sangue
e, embora exangue,
ser só eu, tal e qual!
Saúl Dias
2 comentários:
São formidáveis os poemas "terminais". Será que já alguém se lembrou de fazer uma antologia? Poderia chamar-se "Rasga meus versos, crê na eternidade". Continuo a apreciar o blog com mais bom gosto da blogosfera...
Bem...depois de ler comments como este anterior, que mais posso eu escrever-te?!
OK, não gostei muito do poema...talvez, porque tou doente e não consigo perceber o verdadeiro sentido das palavras...
Ninguém é perfeito!
JiNHO
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