8 de setembro de 2004

Não há enganos entre nós, só as coincidências
explicam os fantasmas que nos unem.
Ao melhor amigo não conto o que me encanta
e transforma. Entre nós, que somos tristes e
leves, as longas baías de inverno têm pouco a
dizer. De tudo isso sabemos um pouco,
quase nada, enumeramos razões
e receios, os princípios, nisso esgotamos
a brancura, alguma coisa, algum tempo.

Não há enganos. Não há nada mais,
o futuro.

Francisco José Viegas

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